quarta-feira, 10 de setembro de 2008

COM OLHOS POSTOS NO PPP

Meus Caros Amigos e Amigas em duas ou "de quatro":

Em primeiro lugar uma palavra de congratulação ao nosso grande e bom amigo PM com a ideia da criação do blog. Ressurge logo em primeira linha que é homem muito ocupado por aquilo que eu chamo "marcação dos traçados" ...... dá muito trabalho, aliás, como é consabido. Porque assim é esqueceu-se de libertar o blog para podermos aceder e aqui deixar os nossos apontamentos.
É que quem faz noitados a trabalhar nos traçados esquece estes pormenores.
Agora podemos então libertar a nossa veia poetica e finalmente invocar os carvalhais e os charutos cubanos que amiúde consumimos acompanhados do belo néctar de Távora-Varosa, vulgo Murganheira Reserva e deleita-nos com os sublimes sonetos de Antero de Quental e Cesário Verde. Entre outros claro .......
Fica pois aqui o repto para os nossos escritores darem o contributo a que já nos tem vindo a habituar. Mais. De tão prodigiosa imaginação e veia poética, conseguem de pequenos projectos gastronómicos para a reunião e o jantar Magno fazer verdadeira poesia ilustrada pelas dezenas de e-mails que escrevem e que vamos trocando. Diria mesmo resmas e paletes ...... dessa comunicação virtual.
Eu só posso dizer que me sinto orgulhoso. Orgulhoso por este nobre circulo de amigos letrados sempre de pena em richter e de amizade fraterna.
Porém, no que concerne á ponta, ou melhor dito .... "de ... ponta ... a ... ponta" (não vá haver equívicos) já não posso dizer o mesmo.
O que se verifica é a impiedosa inércia.
Relembro, pois, neste contexto os princípios da velha tirania donde retiro ensinamentos elementares para uma boa ponta. A vontade de apenas um como forma pedagógica de ultrapassar os obstáculos topográficos.
Como sabem as pontas podem ser várias e o grupo já deu sinais evidentes de falta de ponta em momentos inesquecíveis e ímpares onde, nem a solidariedade dos demais, foi mote para dar consistência á tal ponta.
Se há quem diga - e bem acrescento eu - que, "o que é preciso é lá chegar", não esquecam igualmente que depois de chegar é necessário que naquele momento dado de espetar o ferro ele seja colocado em moldes admiráveis e extraordinários. Para isso é necessária a colaboração de todos. Até porque, em defesa e abono daqueles que nem sempre espetam o ferro por falta de ponta, convém não esquecer que o estímulo e indução é acto terapêutico imperativo da solidariedade moral e de grupo. Não sejamos nós homens de duas e quatro ........ rodas. E mesmo que fossem três também se faria o caminho.
Por isso, venha a tão necessária solidariedade e a vontade homogénea de grupo.
Assim posta a questão vai um abraço ao nosso amigo PM, a quem todos nõs devemos muito pelas suas qualidades de pessoa e homem de ponta, sempre empenhado na tão complexa figura da "marcação do traçado", que conta incondicionalmente com a minha colaboração. Seja no traçado propriamente dito, seja no ferro quando foi necessário ....... e digo mais, seja ele curto ou longo. Estarei com o nosso amigo PM.

Uma palavra de agrado e júbilo pela incursão dos nossos amigos PM e PC por terras de Serra de Aire e Candeeiros.
Um lamento á queda do PM com consequências a nível dos pulsos e com merecida ida ao Hospital de Leiria.
(Percebem agora porque o rapaz às vezes tem problemas de ponta ? Questão de pulsos ...)
Na verdade, só aconteceu porque faltou o nosso grande Amigo CP. O homem das terras de Távora acompanhado com o já referido néctar.

Vai também uma palavra para Miranda do Corvo e para o PM que sempre me acompanhou naquele momento dramático de desidratação no WTC.

Para vos aguçar o apetite eu eo PM vamos fazer a 2.ª etapa do WTC a 20 e 21 deste mês na Serra da Estrela. As fotos já estão on line na web para os curisos.

Finalmente, a última palavra é dirigida ao grupo.
Para a concretização do projecto é necessária a intervenção de todos.

Av.9/9/08
RMC

quinta-feira, 17 de julho de 2008

…mais uma edição bem sucedida, ligando Aveiro e Porto de Mós em 2 rodas OffRoad.


Saída de Aveiro pelas 6:30 rumo a Águeda onde começou a etapa propriamente dita na companhia do amigo PC.
Máquinas afinadas e calçadas a rigor, equipamento quanto baste (17kg), começamos a percorrer os largos “corta fogos” que o concelho de Águeda nos proporciona.
Acompanhados do nosso arqui-inimigo “pó” dava que fazer ao PC já que eu ia na dianteira mais preocupado com a navegação.
Assim chegávamos ao Luso, onde os primeiros raios de sol nos mostravam a magnífica paisagem ainda inibida pela manhã.
Daí até cruzar o rio Mondego foi um saltinho. Aproveitando o enfiamento do nosso rumo, passamos a ponte improvisada da praia fluvial transpondo as magníficas águas com que o Mondego ainda nos brinda nesta altura do ano.
Com o ratinho a lembrar o recheio da mochila aproveitamos as vistas e os bancos para degustar as sandochas, rematadas com um reconfortante café.
Recompostos os cavaleiro era hora de ir dar água às mulas, “salvo-sejam”, pois o “Trip” já contava 90 e picos km, menos 20 para o PC (...pormenor).
Tudo pronto e preparadíssimos para enfrentar o Rabaçal e as suas elevações com vistas magnificas (foto 1).
O ritmo era bastante calmo pois a aventura ia a meio e ainda havia muita pedra para transpor. Eu atento à navegação já tinha em mira o artefacto mais alto e afiado do nosso percurso situado na serra do SICÓ e ansiava por registar o momento da visita. Eis que se começava a visualizar o emaranhado de antenas a baralhar a vista sobre o grande marco (foto 3).
Saciadas as vistas fomos descendo até ao nosso segundo reabastecimento. Daí até ao destino pouco mais havia para contar não fosse uma pequena queda que eu preconizei castigando ambos os pulsos.

Já em plena serra de Aire e Candeeiros somos recebidos pela plantação de “ventoinhas” que marcam claramente a paisagem salpicada também pelas esculturas que a extracções de inertes vão produzindo (foto 2).
Mais 2 dezenas de kms e eis que cumpríamos o nosso trajecto destino por volta das 16:30 com cerca de 300 km percorridos. Aí a simpatia do cicerone marcou a recepção na Casa dos Matos. Ainda mal tínhamos estacionado as laranjinhas, já as ideias fervilhavam e a vontade crescia ao olhar para a paisagem em redor e ao ouvir as histórias do que se poderia apreciar no planalto...“se um disse mata o outro disse esfola.”, quando demos por nós já estávamos apontados para aquele monte despido que a natureza enrugou. Depois de transposta uma verdadeira trialeira sempre a subir e sem margem para erros já que qualquer precauço se pagaria muito caro, lá chegamos ao ponto mais alto onde se tem uma vista privilegiada sobre Porto de Mos e Mira D’Aire.
Lembram-se do artista que à duas horas atrás tinha aberto os pulsos, pois é...depois deste “petisco” hipotequei seria e definitivamente a forma de segurar o guiador, resumindo...dali até encontrar a descida mais próxima foi um verdadeiro calvário, só atenuado 48 horas depois, com a agravante de ser mordazmente atacado com vozes que iam dizem que “...dos fracos não reza a história.....”

....venham mais...
assina: pm