quinta-feira, 17 de julho de 2008

…mais uma edição bem sucedida, ligando Aveiro e Porto de Mós em 2 rodas OffRoad.


Saída de Aveiro pelas 6:30 rumo a Águeda onde começou a etapa propriamente dita na companhia do amigo PC.
Máquinas afinadas e calçadas a rigor, equipamento quanto baste (17kg), começamos a percorrer os largos “corta fogos” que o concelho de Águeda nos proporciona.
Acompanhados do nosso arqui-inimigo “pó” dava que fazer ao PC já que eu ia na dianteira mais preocupado com a navegação.
Assim chegávamos ao Luso, onde os primeiros raios de sol nos mostravam a magnífica paisagem ainda inibida pela manhã.
Daí até cruzar o rio Mondego foi um saltinho. Aproveitando o enfiamento do nosso rumo, passamos a ponte improvisada da praia fluvial transpondo as magníficas águas com que o Mondego ainda nos brinda nesta altura do ano.
Com o ratinho a lembrar o recheio da mochila aproveitamos as vistas e os bancos para degustar as sandochas, rematadas com um reconfortante café.
Recompostos os cavaleiro era hora de ir dar água às mulas, “salvo-sejam”, pois o “Trip” já contava 90 e picos km, menos 20 para o PC (...pormenor).
Tudo pronto e preparadíssimos para enfrentar o Rabaçal e as suas elevações com vistas magnificas (foto 1).
O ritmo era bastante calmo pois a aventura ia a meio e ainda havia muita pedra para transpor. Eu atento à navegação já tinha em mira o artefacto mais alto e afiado do nosso percurso situado na serra do SICÓ e ansiava por registar o momento da visita. Eis que se começava a visualizar o emaranhado de antenas a baralhar a vista sobre o grande marco (foto 3).
Saciadas as vistas fomos descendo até ao nosso segundo reabastecimento. Daí até ao destino pouco mais havia para contar não fosse uma pequena queda que eu preconizei castigando ambos os pulsos.

Já em plena serra de Aire e Candeeiros somos recebidos pela plantação de “ventoinhas” que marcam claramente a paisagem salpicada também pelas esculturas que a extracções de inertes vão produzindo (foto 2).
Mais 2 dezenas de kms e eis que cumpríamos o nosso trajecto destino por volta das 16:30 com cerca de 300 km percorridos. Aí a simpatia do cicerone marcou a recepção na Casa dos Matos. Ainda mal tínhamos estacionado as laranjinhas, já as ideias fervilhavam e a vontade crescia ao olhar para a paisagem em redor e ao ouvir as histórias do que se poderia apreciar no planalto...“se um disse mata o outro disse esfola.”, quando demos por nós já estávamos apontados para aquele monte despido que a natureza enrugou. Depois de transposta uma verdadeira trialeira sempre a subir e sem margem para erros já que qualquer precauço se pagaria muito caro, lá chegamos ao ponto mais alto onde se tem uma vista privilegiada sobre Porto de Mos e Mira D’Aire.
Lembram-se do artista que à duas horas atrás tinha aberto os pulsos, pois é...depois deste “petisco” hipotequei seria e definitivamente a forma de segurar o guiador, resumindo...dali até encontrar a descida mais próxima foi um verdadeiro calvário, só atenuado 48 horas depois, com a agravante de ser mordazmente atacado com vozes que iam dizem que “...dos fracos não reza a história.....”

....venham mais...
assina: pm